Cientistas que analisaram a ossada do último monarca inglês morto durante uma batalha, Ricardo III, observaram que seu crânio e mandíbula estavam bastante danificados, o que é mais uma confirmação científica de que o rei teve uma morte violenta. Os golpes que levou foram fortes o suficiente para enterrar a coroa em sua cabeça.
Outra confirmação foi a de que Ricardo III era ansioso da mesma forma que William Shakespeare o retratou no texto teatral de dedicado ao rei, já que os dentes do monarca eram bastante desgastados.
Os pesquisadores também descobriram que o rei tinha sofrido de cárie dentária grave, talvez como resultado de sua posição privilegiada no reino. O dentista Amit Rai, de Londres, que conduziu a pesquisa, disse que Ricardo III foi um alvo fácil.
"Há vários relatos de Ricardo III revelando que ele foi à batalha usando a sua coroa e que, apesar de isso fazer dele um alvo fácil, o fato é consistente com a localização das lesões que sofreu no campo de batalha em seu crânio", disse.
Em fevereiro, uma ossada encontrada sob o que é hoje um estacionamento público em Leicester, na Inglaterra, foi identificada como pertencente a Ricardo III. Imortalizado como a personificação da maldade na obra que leva seu nome do dramaturgo William Shakespeare, Ricardo III governou os ingleses entre 1483 e 1485. Sobre ele recaem suspeitas de que mandou matar os sobrinhos, filhos de Eduardo IV, para assegurar o trono após a morte do irmão.
Seu reinado, no entanto, foi contestado por Henrique Tudor, posteriormente Henrique VII, durante a chamada Guerra das Rosas, que terminou com sua morte, aos 32 anos, na Batalha de Bosworth.