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Oriente Médio

Cresce a pressão contra plano de assentamentos de Israel

Palestinos arremessam pedras contra soldados israelenses | Jaafar Ashtiyeh/AFP
Palestinos arremessam pedras contra soldados israelenses (Foto: Jaafar Ashtiyeh/AFP)

Cinco países europeus – Reino Unido, França, Espanha, Suécia e Dinamarca – convocaram os embaixadores israelenses presentes em suas capitais para dar explicações sobre a decisão de Israel, anunciada na sexta, de construir 3 mil unidades habitacionais na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Parte das novas habitações deverá ser erguida na zona E1, o que implicará a construção de um corredor entre Jerusalém Oriental e o assentamento judaico de Maaleh Adumin.

Caso isso aconteça, o território da Cisjordânia será dividido em duas partes, comprometendo a viabilidade de um futuro Estado palestino.

No protocolo diplomático, a convocação de um embaixador para explicações demonstra séria insatisfação de um país com outro.

A decisão de Israel foi uma represália ao reconhecimento pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) da Palestina como Estado, no dia 30 de novembro.

Na votação, que elevou o status da Palestina de "entidade observadora" para "Estado observador não membro", 138 países votaram a favor da decisão, 41 se abstiveram e 9 (entre eles, EUA e Israel) foram contra.

Reino Unido, França, Suécia e Dinamarca expuseram aos embaixadores israelenses sua desaprovação aos planos de um novo assentamento na região.

Além disso, a Espanha também criticou a decisão, anunciada no domingo, de congelamento da transferência à Autoridade Nacional Palestina (ANP) dos impostos recolhidos em novembro sobre produtos que entram no território palestino sob o controle de Israel.

Washington, que considerou o projeto um retrocesso para o alcance da paz, pediu que Israel reconsiderasse a decisão. "Essas ações são contraproducentes e tornam mais difícil a volta de negociações diretas com os palestinos", disse a Casa Branca por meio de porta-voz.

O gabinete de Netanyahu disse que não reconsiderará sua decisão e continuará defendendo os interesses israelenses mesmo que enfrente pressões in­ter­na­ci­o­na­is.

Cerca de 350 mil judeus vivem em assentamentos na Cis­jordânia, além de 300 mil em Je­rusalém Oriental, onde os palestinos querem estabelecer a capital de seu Estado.

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