ONU
A embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power, acusou a Rússia de querer aproveitar a grave situação humanitária no leste da Ucrânia para intervir ainda mais nesta região. O agravamento das condições de vida dos civis em torno de Donetsk e Lugansk "deve ser abordado, mas não pelos que criaram esta situação", afirmou, atribuindo a responsabilidade a Moscou.
Kiev e as potências ocidentais manifestaram ontem seus temores quanto a uma possível intervenção militar russa sob o pretexto de uma missão humanitária no leste da Ucrânia, onde Donetsk, em poder dos separatistas, sofre bombardeios intensos.
Durante uma reunião de emergência na ONU sobre a Ucrânia, o representante ucraniano Olexandre Pavlitshenko disse ter "razões que levam a crer em uma intervenção russa sob pretexto de uma missão de manutenção de paz".
Ele citou o aumento da presença militar russa na fronteira, que passou de 12 mil para 20 mil homens em três semanas, o sobrevoo de aviões não-tripulados russos e disparos contra as tropas ucranianas a partir da Rússia.
Quinze integrantes das forças ucranianas foram mortos em combates no leste do país nas últimas 24 horas, principalmente perto da fronteira com a Rússia. As vítimas são sete soldados e oito guardas de fronteira de uma brigada que precisou bater em retirada após três dias de combates.
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