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Obama (segundo da esquerda para a direita) durante cerimônia em homenagem às vítimas do 11 de Setembro, em Nova York | Mario Tama/Getty Images/AFP
Obama (segundo da esquerda para a direita) durante cerimônia em homenagem às vítimas do 11 de Setembro, em Nova York| Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP

Contradições

Versão diferente da apresentada de início pelos EUA provoca suspeita.

Versão antiga

1 – Forças americanas descem de helicóptero na casa e são recebidos a tiros pelos aliados de Bin Laden.

2 – Em meio à intensa troca de tiros, até 3 pessoas são mortas no caminho até o quarto do terrorista.

3 – Acuado e armado, Bin Laden oferece resistência e chega a utilizar sua mulher como escudo humano.

4 – Recebidos a tiros, agentes especiais dos EUA matam Bin Laden, atingido na cabeça, e sua mulher.

Versão nova

1 – Forças americanas descem de helicóptero na casa e trocam tiros só com o mensageiro de Bin Laden.

2 – Após matá-lo, agentes não enfrentam mais resistência e abatem com facilidade aliados do terrorista.

3 – Bin Laden é achado desarmado, mas com fuzil AK-47 e pistola ao alcance da mão, e com uma mulher.

4 – Agentes matam Bin Laden com tiro um na cabeça e ferem a sua acompanhante, que não era sua mulher.

Revelações

1 – Apenas uma pessoa atirou nas forças americanas, sendo morta, sem ter havido, portanto, um tiroteio.

2 – Outras ao menos três vítimas não opuseram resistência, mas foram mortas mesmo assim pelos agentes.

3 – Bin Laden não empunhava arma ao ser surpreendido e não utilizou ninguém como um escudo humano.

4 – Agentes não foram recebidos a tiros, mas mesmo assim mataram o terrorista com um tiro na cabeça.

Fonte: Folhapress.

Nova York - Novas revelações a respeito da operação secreta que matou Osa­­ma bin Laden reforçaram ontem as suspeitas acerca da veracidade da versão oficial da Casa Branca.

Funcionários do próprio go­­verno dos EUA disseram ao jornal The New York Times que os agentes norte-americanos enfrentaram resistência armada de apenas uma pessoa e neutralizaram sem dificuldade a defesa do terrorista.

Segundo as autoridades norte-americanas, que falaram sob anonimato ao jornal, os tiros foram disparados pelo mensageiro de Bin Laden – que, na versão do go­­verno, permitiu a descoberta do esconderijo – e ainda fora da casa.

Abu Ahmed al Kuwaiti foi, porém, morto rapidamente, junto com uma mulher que o acompanhava, pelos cerca de 20 Seals – força especial americana – que fizeram a linha de frente da operação.

Após o confronto, os agentes especiais encontraram o caminho livre para entrar na casa e se dirigir ao quarto onde se encontrava Bin Laden, no terceiro e último andar.

No caminho, ainda segundo o relato ao New York Times, o irmão do mensageiro também foi morto ao supostamente preparar uma arma para disparar nos agentes.

E, ao chegar ao recinto onde estava o terrorista, as forças norte-americanas o acharam desarmado, mas com um fuzil AK-47 e uma pistola à mão e ao lado de uma mulher. Bin Laden foi então morto com um tiro na cabeça. E a mulher, ferida numa perna.

O relato contradiz em vários pontos a versão oficial. Em um primeiro momento, os EUA disseram que os seus agentes se depararam com cerrado tiroteio de cerca de 40 minutos para alcançar Bin Laden no último andar. Este, por sua vez, portava uma arma e tentou resistir, inclusive fazendo a acompanhante – que seria a sua mulher – como escudo humano.

Já na terça, foram feitos reparos à versão pelo próprio governo norte-americano, que disse que Bin Laden não estava armado nem usou a acompanhante, que não era sua mulher, como escudo hu­­mano. E, quarta-feira, a tevê Al Ara­­biya divulgou relato de uma das filhas de Bin Laden, que estava no local, dizendo que seu pai foi pego ainda vivo, sendo portanto executado.

Ontem, um alto funcionário do governo paquistanês corroborou a versão, dizendo à agência Reuters que o líder foi morto "a sangue frio’’.

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