Nevada Dez anos após a apresentação do primeiro mamífero clonado do mundo a ovelha Dolly cientistas anunciaram ter ido mais longe, com a criação de primeira ovelha-quimera: um animal com 15% de células e humanas e 85% de células animais, segundo informou o jornal Daily Mail na edição de ontem.
Esmail Zanjani, professor da Universidade de Nevada (EUA), passou sete anos desenvolvendo a técnica, diferente daquela usada para a criação de Dolly. Nela, injetam-se células humanas adultas em fetos de ovelha. O principal objetivo da equipe de Zanjani é o desenvolvimento de órgãos humanizados que poderiam ser usados em transplantes.
O processo envolveria a extração de células-tronco da medula óssea de um doador e a sua injeção no peritônio de um feto de ovelha. Quando o animal nascesse, dois meses depois, ele teria fígado, coração, pulmões e massa encefálica parcialmente humanos e, teoricamente, disponíveis para transplante.
"Tiraríamos poucos gramas de células da medula óssea do paciente", afirmou Zanjani. A nova técnica será apresentada hoje em um programa da TV britânica Channel 4.
No momento, mais de 7.000 pacientes estão esperando por um transplante de órgão na Grã-Bretanha. Dois terços deles devem morrer antes que o procedimento cirúrgico esteja disponível.
Cientistas do Kings College, de Londres, e do North East Stem Cell Institute, de Newscastle, já pediram autorização ao governo para trabalharem com quimeras.