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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

O jogo do gato e do rato nunca mais será o mesmo. Cientistas criaram um rato mutante que perdeu o medo instintivo dos felinos. Uma mudança genética no olfato do roedor fez com que perdesse a habilidade de associar o cheiro do gato ao medo inato de um predador em potencial. O resultado é um rato que se aproxima despreocupadamente de um gato, sem mostrar qualquer sinal natural do alarme que os roedores costumam apresentar quando captam o mais ínfimo sinal da presença de um felino.

Hitoshi Sakano, que liderou o estudo realizado na Universidade de Tóquio, disse que a sua pesquisa é importante porque mostra que é possível anular a aversão natural que todos os mamíferos (inclusive o homem) têm em relação a determinados odores.

- O sistema olfativo dos mamíferos media várias respostas, incluindo a aversão a alimentos estragados e o reconhecimento de predadores através do cheiro.

Ao inserir um determinado gene nos ratos, os cientistas conseguiram remover seletivamente certas células do seu sistema olfativo, que recebem impulsos nervosos através da cavidade nasal. Segundo Sakano, os ratos mutantes e destemidos mostraram que há dois circuitos nervosos independentes no seu sistema olfativo - um natural e outro desenvolvido através do aprendizado.

Os ratos mutantes não demonstram aversão aos odores do seu maior predador, embora pudessem detectar a sua presença com a parte do sistema ligado ao aprendizado, que não foi modificada. Como medida de precaução, porém, os gatos usados na experiência foram alimentados antes do encontro.

- Não podíamos nos arriscar a perder cobaias tão valiosas - explicou Sakano.

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