Tirar as crianças da frente da televisão não garante que elas se exercitem mais, disseram pesquisadores dos Estados Unidos na segunda-feira.
Um estudo feito durante quatro anos junto a mais de 10 mil norte-americanos de 10 a 15 anos mostrou que não há correlação entre as mudanças no tempo gasto em atividades sedentárias e o tempo dedicado a atividades físicas de moderadas a vigorosas. As longas horas vendo TV, jogando vídeo game ou em situações similares sabidamente contribuem com a epidemia de obesidade infantil nos EUA, que por sua vez desencadeia problemas como diabetes, como lembra o artigo publicado na edição de fevereiro da revista da Academia Americana de Pediatria.
O texto diz que a TV expõe a criança a propagandas de alimentos insalubres e que, no sofá, a garotada tende a comer mais ``porcarias.''
Por outro lado, exercícios moderados (bicicleta ou caminhada, por exemplo) ou vigorosos (corrida e basquete) podem controlar o peso e melhorar o condicionamento cardiovascular, segundo o relatório.
Mais de 10 mil meninos e meninas responderam a questionários anuais para o estudo, que concluiu que as meninas gastam uma média de quase dez horas semanais na frente da TV, duas a mais que os meninos. Entre as meninas, as atividades físicas ocupavam uma média de 12 horas semanais contra 14 para os meninos.
A cada ano durante o estudo, os participantes passaram a ver menos televisão - 39 minutos a menos por semana no caso das garotas, 23 minutos a menos no caso dos meninos.
Mas, nesse período, as meninas também passaram a dedicar 13 minutos a menos às atividades físicas, enquanto entre os garotos esse tempo praticamente não mudou.
``Ver televisão e (fazer) atividades físicas são construções separadas, não opostos funcionais'', escreveu a autora do estudo, Elsie Taveras, da Escola Médica de Harvard (Boston).
De acordo com ela, a escolha de um ou outro se baseia ``numa complexa série de mecanismos decisórios.'' ``Simplesmente restringir o (tempo de) assistir TV pode não ser eficaz em aumentar a atividade física.''
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