A embaixada brasileira em Damasco confirmou nesta segunda-feira (20) o resgate de duas crianças brasileiras, de 12 e 13 anos, que estavam na cidade de Homs, onde têm havido intensos conflitos entre forças do governo sírio e opositores. A retirada, coordenada com autoridades sírias, teria sido feita no final da semana passada, segundo diplomatas.
As crianças foram levadas para a capital Damasco. A família ainda não decidiu se vai voltar ao Brasil. Os dois meninos nasceram em Foz do Iguaçu e estavam vivendo no bairro de Inshaat, um dos mais atingidos pelos bombardeios em Homs. Segundo a embaixada brasileira, foi necessário um corredor de proteção para tirar as crianças do local. A identidade da família foi mantida em sigilo por motivos de segurança.
Soldados sírios reforçaram os ataques contra Homs, deixando ao menos 16 mortos, entre eles duas crianças, e outros 340 feridos. Na manhã desta terça-feira (21), testemunhas disseram ter visto tanques e tropas do lado de fora da cidade, o que poderia ser um indício de uma ofensiva por terra.
"O Exército Livre da Síria está impedindo que tropas entrem em Bab Amro. Eles estão respondendo com um ataque de artilharia que atingiu o bairro a torto e a direita", disse o ativista Nader al-Husseini.
Forças do governo começaram uma ofensiva em Bab Amro no dia 3 de fevereiro. Estima-se que 60% dos 100 mil moradores do bairro já fugiram. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha negocia com autoridades sírias e rebeldes um cessar-fogo para facilitar a chegada de ajuda humanitária nas cidades mais afetadas pelo conflito. Eles pedem uma trégua de ao menos duas horas por dia para facilitar a entrega de suprimentos e remédios a civis.
O Ocidente e a Liga Árabe preparam uma renião do grupo de amigos da Síria na próxima sexta-feira (24) em Túnis. O objetivo é pressionar a saída do presidente Bashar al-Assad. Rússia e China disse que não vão participar do encontro.
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