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oriente médio

Crianças continuam se somando às fileiras do Estado Islâmico na Síria

Pelo menos 15 menores de 18 anos se somaram nas últimas semanas às fileiras do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, contra a vontade de suas famílias, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os menores estão na província de Al Raqqah e se encontram em campos de treinamento “fechados” dos radicais, sem o conhecimento nem a autorização de seus pais, segundo confirmaram estes ao Observatório.

As crianças fugiram de suas casas na Turquia para unir-se à organização jihadista, enquanto suas famílias exigem ao grupo que lhes devolva seus filhos, que estão em um lugar isolado e não podem falar com eles diretamente.

“Esqueça seu filho. Não entendemos por que tem tanto medo da jihad! Estão começando a viver a verdadeira vida!”, disseram os jihadistas a vários pais, segundo eles mesmos confirmaram à ONG.

Além disso, os radicais lhes advertiram que “haverá vingança” se voltarem a perguntar por seus filhos, acrescentou o Observatório.

O grupo terrorista recrutou pelo menos 400 menores de idade nas áreas que controla na Síria desde o começo deste ano até março, assinalou o Observatório.

Além disso, 120 novos combatentes adultos aderiram à organização radical desde o início de 2015, entre os quais há sírios e estrangeiros.

As crianças e adolescentes são empregados pelo EI, que denomina os menores que estão em suas fileiras de “filhotes do califado”, como informantes e guardiões de seus quartéis.

Em duas ocasiões, e com fins propagandísticos, os menores protagonizaram vídeos do EI nos quais supostamente assassinavam a tiros dois russos e um árabe-israelense acusados pelos radicais de serem espiões.

Os extremistas proclamaram no final de junho um califado no Iraque e na Síria, onde dominaram partes do norte e do centro do território de ambos países.

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