Os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE) ampliaram o recrutamento de crianças na guerra civil contra forças do governo, no Sri Lanka, causando a morte de muitas delas, afirmou, nesta terça-feira (17), Philippe Duamelle, representante do Sri Lanka no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo ele, há claras indicações de que o LTTE intensificou o recrutamento forçado de civis, incluindo jovens de até 14 anos.
Os rebeldes, que perderam muitas de suas fortalezas para o governo nos últimos meses, lutam desesperadamente para defender um pequeno pedaço de terra no nordeste do país. O LTTE tem um longo histórico de utilizar menores em sua luta por um Estado para a minoria tâmil, que já dura 25 anos e causou a morte de cerca de 70 mil pessoas.
A Unicef afirma ter registrado 6 mil casos de crianças recrutadas desde 2003. "Essas crianças estão enfrentando perigo imediato e suas vidas estão em grande risco. O recrutamento é intolerável", disse Duamelle em um comunicado. "Crianças-soldados sofrem abusos físicos, passam por eventos traumáticos e correm risco de morte. Ao invés de esperança, o medo é que marca sua infância".
Ainda no Sri Lanka, políticos tâmeis acusaram o governo nesta terça-feira de ignorar a segurança de dezenas de milhares de civis em sua campanha para liquidar o LTTE, afirmando que mais de 2 mil não combatentes foram mortos em confrontos recentes. "O governo só está preocupado com sua vitória militar contra o LTTE não com a segurança de civis", disse Rajavarothayam Sambanthan, deputado do partido Aliança Nacional Tâmil, favorável aos rebeldes.
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