A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) reabriu as 221 escolas que administra na Faixa de Gaza e que serviram de refúgio para milhares de pessoas durante os 22 dias da ofensiva israelense. Mais de 200 mil crianças voltaram às aulas ontem. No colégio Al-Zukur da cidade de Beit Lahiya, as crianças brincavam, enquanto, podiam ser vistas as marcas dos bombardeios e do incêndio que provocou pânico entre as quase 1.600 pessoas que estavam refugiadas no local. Duas crianças morreram e 12 pessoas ficaram feridas. Esta foi uma das três escolas com refugiados atacadas pelo Exército israelense durante a guerra. No dia 6 de janeiro, um bombardeio em outro colégio da ONU matou mais de 40 pessoas. O Exército hebreu alegou que respondeu a ataques procedentes destes edifícios ou de suas proximidades, mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou os bombardeios de "vergonhosos" e pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça.
Em Al-Zukur, as sequelas do conflito, que deixou mais de 1.300 mortos um terço deles crianças , não são vistas apenas nos muros. As crianças estão voltando traumatizadas muitas com os parentes mortos e sem casa para morar. Segundo o diretor Riad Maliha, os professores nos primeiros dias tentarão fazer com que as crianças expressem os sentimentos.