O Departamento de Justiça dos Estados Unidos prendeu, no fim de abril, uma quadrilha de brasileiros batizada como Primeiro Comando da Massachusetts, o PCM.
A quadrilha, formada por 14 pessoas, a maioria brasileiros ou descendentes, é acusada de venda de armas, assaltos e tráfico de drogas. O nome é uma referência às facções criminosas brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho.
Durante a investigação, autoridades norte-americanas apreenderam 31 armas com os criminosos, além de centenas de munições.
O homem apontado como líder do grupo criminoso é Marcio Costa, 28, conhecido como "Marcino" e "Marcinn". Ele foi acusado de vários crimes, como roubo, conspiração para distribuir substâncias controladas e tráfico de armas.
"Ao longo de meses recentes, membros e associados do Primeiro Comando da Massachusetts vêm cometendo crimes sérios e violentos: roubando descaradamente comunidades de negócios, traficando drogas, traficando armas, e até sequestrando uma jovem", afirmou o procurador Andrew E. Legging.
Sequestro e assalto a traficante
Entre os crimes descritos, está o assalto a um traficante de drogas em Connecticut. Na ocasião, os bandidos fizeram a filha do traficante como refém, sob a mira de uma arma.
Outro caso envolveu o sequestro de uma mulher, para que ela ajudasse em um ataque a um membro de uma quadrilha rival.
Os membros do PCM também são acusados de roubar um mercado em Boston, uma pizaria em Everett, um posto de gasolina em Weymouth, entre outros crimes.
A reportagem não localizou os defensores dos acusados.
O jornal Brazilian Globe, voltado a brasileiros residentes nos Estados Unidos, entrevistou Maluh Santos, namorada de Marcio. Ela afirmou à publicação que ele "sempre foi uma pessoa boa, que gostava de ver o bem do próximo".
Maluh afirma que o rapaz tem duas filhas e um "coração bom", mas que "acabou se envolvendo com as pessoas erradas". De acordo com ela, o nome PCM "começou como uma brincadeira que acabou terminando desse jeito".
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