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O presidente de Cuba, Raúl Castro, encabeçou hoje o ato pelo 57º aniversário do assalto ao Quartel de Moncada, mas não discursou numa das festas nacionais mais importantes em Cuba. Faltaram à cerimônia duas personalidades esperadas para a ocasião: o líder cubano Fidel Castro e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

A ausência mais notada foi a de Fidel, de 83 anos, cujas recentes idas a outros eventos públicos nas últimas semanas haviam levantado expectativas de um possível comparecimento ao aniversário do assalto ao Moncada, que aconteceu em 1953.

O 26 de julho marca uma das datas mais importantes em Cuba. Foi nesse dia, em 1953, que Fidel Castro e 165 insurgentes lançaram o ataque contra o Quartel de Moncada, que fica na cidade de Santiago de Cuba.

O ataque foi rechaçado, com a morte da maioria dos insurgentes, mas deu início à Revolução Cubana, que em 1959 triunfou com a derrota do ditador Fulgêncio Batista. Fidel passou alguns anos preso e recebeu um indulto, em 1955, quando foi para o exílio, no México.

Neste ano, o assalto ao Quartel de Moncada foi comemorado na cidade de Santa Clara, capital da província de Villa Clara. Chávez, que sempre expressou sua admiração pelo revolucionário cubano-argentino Ernesto "Che" Guevara, disse que não pôde ir ao evento por causa de uma suposta ameaça militar da Colômbia.

Alguns diplomatas e funcionários graduados da Venezuela representaram o mandatário. O ministro de Energia da Venezuela, Ali Rodríguez, compareceu ao evento e discursou, acusando os Estados Unidos de fomentarem um confronto entre Caracas e Bogotá. "Somos amantes da paz e lutaremos até o infinito para garanti-la, mas não tememos a guerra se ela nos for imposta", disse.

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