Mais de 215 mil pessoas, principalmente trabalhadores imigrantes, fugiram da Líbia nas últimas duas semanas e agora há falta de voos para repatriá-los, afirmaram agências humanitárias nesta terça-feira (08).
O fluxo para Tunísia, Egito e Níger desacelerou nos últimos dias conforme os combates no oeste da Líbia têm restringido a movimentação das pessoas, afirmou a agência para refugiados da Organização das Nações Unidas.
"Em ambas as fronteiras, Tunísia e Egito, a maior parte das pessoas que aguarda retirada são homens solteiros de Bangladesh. Continua havendo uma escassez crítica de voos de longo percurso para Bangladesh, outras partes da Ásia e para a África Sub-Saariana", afirmou Adrian Edwards, porta-voz do Alto Comissariado para Refugiados da ONU (ACNUR).
Forças leais ao líder Muamar Kadafi estão combatendo rebeldes na rodovia costeira ao norte do país e a preocupação de que o governo possa usar ataques aéreos está crescendo. Inglaterra e França estão liderando um movimento da ONU para a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.
Na Tunísia, cerca de 13 mil imigrantes de Bangladesh que fugiram da Líbia estão no campo de Choucha, próximo da fronteira, enquanto outros 3.700 imigrantes do mesmo país estão na fronteira com o Egito, segundo a Organização Internacional para Migração (IOM, na sigla em inglês).
"Estas retiradas simplesmente não podem ser feitas rápido o bastante", disse a porta-voz da IOM, Jemini Pandya, a jornalistas.
O ACNUR informou que as pessoas que estão tentando escapar da Líbia estão enfrentando bloqueios militares nas estradas, onde telefones celulares estão sendo confiscados.
"Não podemos contar com uma queda nos números. Há muitos bloqueios tornando difícil a saída do país. Recebemos um relato de um grupo de vietnamitas que passou por 65 postos de controle no caminho", disse Edwards.
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