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Regime de Díaz-Canel

Crise na saúde em Cuba: 40% dos medicamentos na tabela básica estão em falta

O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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Uma nova crise grave no abastecimento de medicamentos atingiu em cheio Cuba. O país vem enfrentando um déficit de aproximadamente 250 remédios, o que representa cerca de 40% da tabela básica da ilha, que vive sob o regime comunista de Miguel Díaz-Canel.

A crise foi reconhecida pelo Grupo das Indústrias Biotecnológicas e Farmacêuticas de Cuba (BioCubaFarma), organização estatal responsável pelos produtos farmacêuticos do país.

A BioCubaFarma alertou para a gravidade da situação durante uma sessão da Comissão de Saúde e Esportes da Assembleia Nacional do Poder Popular, o parlamento da ditadura cubana. A notícia sobre a nova crise de medicamentos em Cuba foi veiculada na semana passada pelo site de informações independente Martí.

Eduardo Martínez Díaz, presidente da BioCubaFarma, relatou que tanto os produtos fabricados em Cuba quanto os medicamentos importados estão sendo afetados pela nova escassez de remédios. O fornecimento de medicamentos por parte dos tradicionais fornecedores foi interrompido e a aquisição de matérias-primas essenciais para a produção dos remédios também passa por extremas dificuldades.

Além disso, Cuba enfrenta atualmente uma paralisação nas fábricas voltadas para a produção de medicamentos. A greve ocorreu devido a problemas nas máquinas e à demora para consertá-las.

"A situação que existe hoje é extremamente crítica", alertou Díaz, garantindo que não há solução de curto prazo para resolver o problema da crise dos medicamentos.

A nova escassez de remédios tem levado muitos cubanos a buscar pelos medicamentos de que precisam no mercado paralelo. O problema é que os preços nesse mercado são sempre altos e o salário médio cubano equivale a apenas US$ 23. Entre os que mais sofrem para conseguir remédios, estão os aposentados, cujo salário mínimo mal chega a US$ 10.

Medicamentos estão sendo importados, mas não somente pelo Estado

Nos últimos meses, diversos remédios e materiais médicos têm chegado a Cuba, mas a importação não tem sido feita somente pelo regime cubano. A maior parte das importações de medicamentos para a ilha tem sido realizada por meio de pedidos dos próprios cidadãos.

Essa é única forma de conseguir remédios para aquelas pessoas que vivem com doenças crônicas ou estão em condições de saúde delicadas. Para conseguir importar o medicamento, amigos e parentes têm recorrido às redes sociais para pedir ajuda.

A lista de medicamentos em falta em Cuba inclui remédios importantes, como fluticasona, dinitrato de isossorbida, metformina, enalapril e varfarina, além de medicamentos oncológicos e para a insuficiência cardíaca.

A rede de farmácias também não tem disponibilizado comprimidos de dipirona de 500 mg, nem comprimidos de aspirina de 500 mg. No caso do paracetamol de 500 mg, os laboratórios aguardam a chegada do princípio ativo para daqui a dois meses.

“Preciso de remédio para meu filho, ele é epilético e depois de sofrer convulsões por quase um mês devido à falta de remédio, teve que ser operado. Sua operação foi um sucesso, mas ele precisa de medicação porque não pode ter convulsões novamente. Ele toma clonazepam ou fenobarbital. Se pudessem me ajudar, eu agradeceria muito", escreveu a cubana Sobeida Galano em uma rede social.

O caso de Galano não é isolado: nas redes sociais, muitas outras famílias pedem ajuda para conseguir remédios que estão em falta. Nas farmácias cubanas, estão faltando também antibióticos, ansiolíticos, antipsicóticos, anti-histamínicos e injetáveis ​​há anos.

O regime cubano culpa o embargo dos Estados Unidos pela escassez de medicamentos, mas a embaixada dos EUA em Cuba desmentiu o regime, afirmando que o embargo americano não impede que Cuba importe remédios e insumos farmacêuticos.

“Sim, é possível importar medicamentos para Cuba dos Estados Unidos! O embargo dos EUA à Cuba permite a exportação de produtos médicos americanos, bem como de outros itens essenciais para apoiar a população cubana”, escreveu a embaixada em uma rede social.

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