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Crise no Catar: país terá de cumprir seis princípios de combate ao terrorismo

Vista aérea de Doha, capital do Catar | Pixabay
Vista aérea de Doha, capital do Catar (Foto: Pixabay)

Quatro nações árabes que cortaram laços diplomáticos com o Catar estão exigindo que o país se comprometa com seis princípios de combate ao extremismo e ao terrorismo e negocie um plano com medidas específicas para implementá-lo. A medida seria um passo que poderia abrir caminho para uma resolução antecipada da crise no Golfo Pérsico.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e o Bahrein romperam as relações diplomáticas com o Catar no início de junho, em grande parte por alegações de que o governo catariano apoia grupos terroristas e extremistas. A acusação é rejeitada pelo Catar. Inicialmente, esses países fizeram 13 demandas, mas o Catar rejeitou as propostas das nações árabes.

O embaixador da Arábia Saudita nas Nações Unidas, Abdallah Al-Mouallimi, comentou a um grupo de correspondentes na ONU que os quatro países estão, agora, comprometidos com os seis princípios negociados pelos ministros de Relações Exteriores, em uma reunião no Cairo em 5 de julho, e esperam que o Catar apoie essas medidas. Esses princípios incluem compromissos para combater o extremismo e o terrorismo, prevenir o financiamento e os cofres públicos para esses grupos e suspender todos os atos de provocação e discursos que incitem ao ódio ou à violência. 

Al-Mouallimi afirmou que o quarteto pensa que "deve ser fácil para os catarianos aceitarem" os seis princípios. Ele enfatizou que a implementação e o monitoramento devem ser "componentes essenciais" e "não haverá compromisso quando se trata de princípios". No entanto, ele ressaltou que ambos os lados podem falar sobre detalhes de "táticas" e "ferramentas" para que uma implementação ocorra. Segundo o embaixador saudita, os 13 pontos iniciais incluíam alguns princípios e algumas ferramentas para alcançar o comprometimento dos catarianos. 

Al Jazeera na mira

Nos 13 pontos iniciais, os países árabes pediam, além da repressão ao apoio a extremistas, o corte de relações do Catar com o Irã e o encerramento das atividades da rede de TV Al Jazeera, além da expulsão de tropas turcas de uma base militar existente em solo catariano. Al-Mouallimi considerou que impedir a incitação à violência é essencial, mas fechar a Al Jazeera pode não ser necessário. "Se a única maneira de alcançar isso é fechando a Al Jazeera, tudo bem. Se conseguirmos isso sem fechar a rede, isso também é bom. O importante é o objetivo e o princípio envolvido." 

O ministro de Estado para Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos, Reem Al Hashimy, disse que todos os países envolvidos têm fortes relações com os Estados Unidos e "nós acreditamos que os americanos têm um papel muito construtivo e muito importante a desempenhar, criando uma solução pacífica para esta crise". O presidente dos EUA, Donald Trump, tem apoiado fortemente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos na disputa, apoiando publicamente sua afirmação de que o Catar é um defensor de grupos militantes islâmicos e uma força desestabilizadora no Oriente Médio.

As informações são da Associated Press.

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