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O secretário de Assuntos Estratégicos da Argentina, Gustavo Béliz, colaborador próximo do presidente Alberto Fernández, apresentou sua renúncia nesta quinta-feira (28), em meio à incerteza por conta das mudanças que o governo planeja após várias semanas de fortes tensões nos mercados financeiros, segundo confirmaram fontes oficiais à Agência Efe.
Advogado e jornalista, Béliz estava à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos, dedicada a assessorar o presidente em questões-chave para o desenvolvimento nacional, desde dezembro de 2019, com a chegada de Fernández ao poder.
As fontes confirmaram que Béliz se reuniu nesta quinta-feira com o presidente, que aceitou sua demissão.
A renúncia acontece em um dia cheio de versões e rumores sobre possíveis mudanças no gabinete, que incluiria a substituição da titular da pasta de Economia, menos de um mês depois que Silvina Batakis substituiu Martín Guzmán, que renunciou ao cargo vítima das divisões políticas na coalizão governista.
As principais apostas para substituí-la estão voltadas para Sergio Massa, presidente da Câmara dos Deputados e um dos líderes da coalizão governista Frente de Todos, que está dividida há meses entre a ala kirchnerista - chefiada pela vice-presidente Cristina Kirchner - e o setor mais alinhado ao presidente.
Batakis acaba de chegar dos Estados Unidos, onde se reuniu, entre outras autoridades, com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, para avaliar o status do acordo assinado em março.
Béliz, que tem mais de 30 anos de experiência trabalhando para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe, foi, entre outros cargos, ministro do Interior entre 1992 e 1993, durante o governo de Carlos Menem (1989- 1999), e ministro da Justiça, Segurança e Direitos Humanos entre 2003 e 2004, no mandato de Néstor Kirchner (2003-2007), no qual Alberto Fernández foi chefe de gabinete.
Em 2020, o governo Fernández chegou a apresentar a candidatura de Béliz à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), embora finalmente tenha sido eleito o americano nascido em Cuba Mauricio Claver-Carone.
