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Manila (Das agências internacionais) – Diante da crise deflagrada por uma tentativa de golpe de Estado, na sexta-feira, a presidente das Filipinas, Glória Macapagal Arroyo, anunciou ontem que ficam suspensas as aulas em todos os colégios – públicos e privados – de Manila. O país enfrenta um estado de Emergência, declarado na própria sexta-feira por Arroyo, para que os policiais pudessem prender os opositores acusados de conspirar contra o governo. Graças à medida, suspeitos têm sido presos às dezenas e órgãos da imprensa estão sendo invadidos.

Ontem, um grupo de fuzileiros navais invadiu o quartel-general do Forte Bonifácio, sede das Forças Armadas, em apoio ao coronel Ariel Querubim, envolvido na sexta-feira na tentativa golpista abortada. A Presidência filipina declarou que a crise é um "assunto interno", mas foi difícil contornar a situação.

No fim do dia, o novo comandante dos fuzileiros navais filipinos, general (almirante) Nelson Aliaga, anunciou que a crise do Forte Bonifácio estava encerrada. "A cadeia de comando foi restabelecida", disse Aliaga a uma multidão reunida na capela do quartel, assegurando que tem o apoio de todos os soldados do corpo.

Entre as pessoas concentradas perto do quartel-general do Exército filipino estava a ex-presidente Corazón Aquino. No grupo que invadiu o forte havia vários civis opostos à presidente Arroyo, inclusive alguns congressistas, como Imee Marcos, filha do ex-ditador Ferdinando Marcos, assim como muitos religiosos que realizam uma vigília.

Desde o ano passado, a Presidência de Arroyo vem sendo ameaçada por alegações de fraude eleitoral e corrupção. Ela sobreviveu a uma tentativa de impeachment em setembro do ano passado e a uma rebelião no Exército envolvendo 300 soldados em julho de 2003.

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