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Pandemia

Crise sanitária se agrava e Paraguai pede oxigênio hospitalar ao Brasil

Julio Borba, ministro da Saúde do Paraguai (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde do Paraguai)

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O ministro da Saúde do Paraguai, Julio Borba, confirmou nesta terça-feira (8) que o país pediu ao Brasil a liberação de mais oxigênio hospitalar para exportação, dada a escassez sofrida pelos centro médicos do país vizinho devido ao aumento de internações por causa da pandemia da Covid-19.

Borba informou que o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, entrou em contato com o do Brasil, Jair Bolsonaro, para obter os carregamentos. "Ele (Bolsonaro) disse que iria se esforçar ao máximo para que isto pudesse acontecer", revelou o ministro em entrevista no Aeroporto Silvio Pettirossi, na cidade de Luque, durante a chegada de novas doses de vacinas.

Até esta terça-feira, o Paraguai tinha 4.131 pessoas hospitalizadas pelo coronavírus, das quais 571 estão em tratamento intensivo, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde. O número de infecções e internações continua aumentando, o que fez com que a necessidade de oxigênio aumentasse seu consumo em 500%, disse Borba.

Dado o aumento da demanda, a capacidade de produção das cinco empresas responsáveis pelo abastecimento da pasta está muito abaixo das necessidades e têm encontrado problemas no fornecimento.A situação cria o que Borba definiu como "um inconveniente bastante importante" e foi o motivo de uma reunião nesta terça-feira entre Abdo Benítez, o ministro da Indústria e Comércio, Luis Alberto Castiglioni, o ministro das Relações Exteriores, Euclides Acevedo, o próprio ministro da saúde e representantes legais das cinco empresas.

A solução imediata é a solicitação ao Brasil, e outra a médio prazo também é contemplada, com a construção de fábricas para processamento de oxigênio hospitalar na maioria dos serviços de saúde do país.

Além disso, a fábrica Aceros del Paraguay (Acepar) produzirá oxigênio para tentar abastecer os hospitais, embora sua capacidade seja limitada a 6 mil litros por dia, o que equivale a dois dias de consumo no Instituto Nacional de Doenças Respiratórias e do Ambiente (Ineram).

O Paraguai registrou hoje um novo número recorde de mortes diárias por Covid-19 (140), o que elevou o total desde o início da pandemia para 10.145 óbitos. Desde março de 2020, houve 379.131 casos de coronavírus, com 311.605 pacientes recuperados.

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