A crise política da Tailândia trocou de foco nesta quinta-feira, passando do aeroporto de Suvarnabhumi, que gradualmente volta à normalidade, para o rei Bhumibol Adulyadej, que fará um pronunciamento à nação na véspera de seu aniversário de 81 anos.

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O monarca, jogado no centro da crise pela insistente invocação de seu nome por militantes da Aliança do Povo pela Democracia (APD), deve fazer seu pronunciamento pelo rádio na manhã desta quinta.

A operadora aeroportuária Airports of Thailand informou que o aeroporto de Suvarnabhumi, um dos maiores da Ásia, voltará a operar com "serviços totais" às 2h de sexta-feira, dando alívio a 230 mil turistas estrangeiros após ficar desativado por uma semana por conta da ocupação por militantes da APD.

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A companhia aérea Thai Airways disse que operava 12 vôos no terminal, por onde passam 125 mil passageiros por dia, mas fontes disseram que outras empresas estavam sendo pressionadas a voar e estavam preocupadas com falhas de segurança.

"Estamos sob enorme pressão para abrir --por parte das autoridades aeroportuárias, da indústria de turismo", disse uma autoridade de uma empresa que pediu para não ter seu nome revelado. "Mas nossas preocupações genuínas com a segurança estão sendo ignoradas."

O fechamento do aeroporto já custou à economia da Tailândia, altamente dependente do turismo e das exportações, centenas de milhões de dólares.

Não está claro, no entanto, se o rei conseguirá acalmar a situação.

Visto como semideus por alguns tailandeses, o monarca interveio três vezes na política durante as seis décadas que está no trono, favorecendo tanto administrações democráticas quanto militares.

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Seus comentários mais recentes têm se concentrado na necessidade de unidade nacional, embora os pedidos feitos por honestidade no governo tenham sido amplamente interpretados como tendo como alvo o ex-premiê Thaksin Shinawatra, destituído em um golpe em 2006.