Um antigo cristal de zircão descoberto no oeste da Austrália pode conter evidência de que a vida apareceu no planeta Terra há 4,1 bilhões de anos, ou cerca de 300 milhões de anos mais cedo do que se pensava, segundo uma equipe de pesquisadores norte-americanos.
Cientistas das universidades de Stanford e da Califórnia disseram ter recentemente coletado cristais em Jack Hills, na Austrália, incluindo o que se acredita conter um depósito de carbono com 4,1 bilhões de anos.
“O completo revestimento dele pelo zircão sem rachaduras e sem contato prévio demonstra que não se trata de contaminação por um processo geológico mais recente, e pode ser evidência da origem da vida na Terra há cerca de 4,1 bilhões de anos”, diz o artigo publicado pela equipe nesta segunda-feira no Proceedings of the National Academy of Sciences.
Cientistas têm usado o registro de fósseis para concluir que a história da vida na Terra teria começado há cerca de 3,8 bilhões de anos na forma de criaturas de uma só célula. Acredita-se que os humanos apareceram somente há cerca de 200.000 anos.
O estudo tem como autores Elizabeth Bell, Patrick Boehnke e T. Mark Harrison, da Universidade da Califórnia, e Wendy Lao, de Stanford.