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Perseguição religiosa

Cristãos acusados de blasfêmia são presos no Paquistão

Os atos violentos começaram na última quarta-feira após a circulação de um vídeo com páginas do Alcorão riscadas (Foto: EFE/EPA/ILYAS SHEIKH)

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O Paquistão vive uma onda de violência nos últimos dois dias devido a um conflito religioso que já deixou ao menos 100 pessoas detidas, 17 igrejas incendiadas, bíblias destruídas e casas saqueadas.

O caos social teve início em Jaranwala, no estado de Punjab, após dois cristãos serem acusados por muçulmanos de blasfemar contra o Alcorão. A polícia informou que a denúncia, feita por moradores locais, diz que páginas do livro sagrado foram encontradas com comentários depreciativos escritos em vermelho.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters, um porta-voz do governo anunciou na manhã desta sexta-feira (18) a prisão dos dois homens.

Após os episódios, militares foram mobilizados para os entornos de um assentamento na parte oriental do país, onde residem pessoas de minoria cristã, que foi alvo de saqueadores.

No Paquistão, que ocupa a 7ª posição na lista de perseguição contra o cristianismo, a blasfêmia é considerada um crime que pode levar à pena de morte. O país possui diversos registros de acusados que foram linchados por multidões durante investigações sobre o assunto.

O primeiro-ministro interino, Anwar-ul-Haq, afirmou nas redes sociais que “duras punições serão tomadas contra os que violarem a lei e perseguirem as minorias”.

A comunidade cristã representa 1,27% da população paquistanesa, de acordo com o censo realizado pelo governo, com 2,6 milhões de pessoas.

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