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Cristãos no Iraque sofrem novos ataques

Manifestantes em Chicago simulam ataque a cristãos que vivem no Iraque | Scott Olson/AFP
Manifestantes em Chicago simulam ataque a cristãos que vivem no Iraque (Foto: Scott Olson/AFP)

Bagdá - Ataques contra cristãos mataram pelo menos três pessoas e dei­­­­xaram dezenas de feridos en­­tre ter­­­ça-feira e ontem em Bagdá, ca­­pital do Iraque. Os atentados com bombas e morteiros ocorrem dez dias após a invasão de uma igreja católica, com saldo de 52 mortos.

A minoria cristã teme que in­­surgentes muçulmanos sunitas estejam tentando expulsá-los do país e reabrir o conflito sectário iraquiano. Muitos já falam em fugir do país, que vive sob tensão política desde as inconclusivas eleições de março, que causam disputas entre sunitas, xiitas e cur­­dos pela formação do novo governo.

Bombas e granadas de morteiros explodiram em mais de 12 ataques contra alvos cristãos em Bagdá entre a noite de terça-feira e a madrugada de ontem, segundo autoridades. Uma fonte policial disse que havia três mortos e 37 feridos; outra fonte, do Mi­­nistério do Interior, falou em quatro mortos e 33 feridos. Ambas pediram anonimato.

Antecedentes

No último dia 31, 52 pessoas, en­­tre reféns e policiais, foram mortas durante a invasão da catedral de Nossa Senhora da Salvação, no centro de Bagdá. Depois disso, o governo prometeu dar mais segurança aos cristãos. Dois dias após o incidente, uma série de explosões em bairros xiitas da cidade deixou pelo menos 63 mortos.

A funcionária pública cristã que vive no Acampamento Sara, Um Noora, de 46 anos, diz que ficou aterrorizada e está pensando em emigrar.

"Todo o meu corpo está tremendo. Não fui trabalhar on­­tem. Não deixei que minha filha fosse para a universidade. Não sa­­bemos qual é o nosso destino, eles podem nos atacar a qualquer mo­­mento, só Deus sabe."

O patriarca Delly disse acreditar que os insurgentes estão tentando expulsar os cristãos do Ira­­que. "O Iraque é o nosso amado país, e os muçulmanos são nossos ir­­mãos, então por que estão fa­­­zendo isso? Por que estão nos al­­vejando?".

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