Em um discurso de 3h45 de duração na abertura das atividades do Congresso argentino, ontem, a presidente Cristina Kirchner anunciou que enviará ao Congresso na semana que vem um pacote de leis com o objetivos de "democratizar a Justiça".
Segundo a proposta, todos os integrantes do Conselho da Magistratura (equivalente ao Conselho Nacional de Justiça no Brasil) deverão ser eleitos por meio de voto popular e representantes de outras profissões, como "médicos, contadores e psicólogos" devem passar a integrá-lo.
Hoje, o órgão é formado por representantes dos poderes Executivo e Legislativo e advogados. "É preciso dar a esse órgão uma representação popular, onde a sociedade se veja representada", disse Cristina.
Entre a audiência, composta por ministros, deputados e apoiadores, estavam também líderes da oposição e o presidente da Corte Suprema, Ricardo Lorenzetti, que não se pronunciou sobre a decisão de Cristina.
Na última segunda-feira, Lorenzetti fez um discurso na Corte em que alertava para os riscos do avanço do Executivo em relação ao Judiciário.
A presidente e a Justiça argentina encontram-se em conflito desde dezembro, quando o governo não conseguiu aplicar na íntegra a nova Lei de Mídia.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião