A senadora Cristina Fernández de Kirchner lançou nesta quinta-feira na cidade de La Plata a candidatura presidencial para as eleições de outubro, nas quais tentará suceder ao marido, o atual presidente Néstor Kirchner, e entrar para a história como a primeira mulher eleita chefe do Executivo argentino.
Com Cristina, 54 anos, como única oradora, o ato é considerado uma demonstração de força e poder para lançar a campanha a apenas 100 dias do pleito. O presidente Kirchner desistiu de tentar a reeleição para trabalhar pela candidatura da esposa. As eleições acontecerão no dia 28 de outubro.
Todo o gabinete de ministros de Kirchner, além de governadores, legisladores, sindicalistas e candidatos da Frente para a Vitória (partido do presidente, peronista progressista) lotaram os 1.700 lugares do teatro Argentino de La Plata (60 km ao sul de Buenos Aires), com poucos resquícios da tradicional liturgia peronista.
Oito telões instalados dentro do teatro, em pleno centro da capital da província de Buenos Aires, maior distrito eleitoral e pelo qual Cristina é senadora, completavam as instalações do comício. Cerca de 20 mil manifestantes eram esperados.
"Este é um ato para a direção, haverá outro multitudinário no dia 9 de agosto, quando for anunciada a chapa presidencial", explicou o ex-piqueteiro e funcionário portenho Emilio Pérsico.
O discurso de Cristina será uma ocasião para apresentar suas convicções políticas e seu programa de governo - apesar do fato de que sua eventual gestão será uma continuidade da administração Kírchner, pelo menos em relação à política econômica, informou seu chefe de gabinete, Alberto Fernández.
"Cristina, a mudança começa" é o slogan que já pode ser visto por todo o centro de Buenos Aires e que será o mote da campanha presidencial.