Quando recebeu a notícia de que sofre um câncer na tireoide, a presidente argentina Cristina Kirchner ficou abalada e só melhorou seu estado emocional após o médico que irá operá-la explicar sobre a doença, a cirurgia e as chances de cura.
O tumor foi detectado no dia 22 de dezembro, durante exames de rotina. Com indícios de câncer, ela foi submetida a uma punção, que confirmou o diagnóstico no mesmo dia. Nesta terça-feira (27), a presidente fez exames complementares em Buenos Aires, onde "foi constatada a ausência de comprometimento dos gânglios linfáticos e a inexistência de metástase", como anunciou o porta-voz Alfredo Scoccimarro à imprensa.
"O impacto emocial inicial, quando escutou a palavra câncer, foi forte", disse uma fonte ao jornal "Clarín".
De acordo com o jornal "La Nación", Cristina recebeu apoio e esclarecimentos de seus médicos: "Depois do impacto inicial, ela foi rapidamente contida pelos médicos que farão a intervenção cirúrgica. Ela foi informada de que isso tem tratamento, é curável e é definitivo, está localizado. Saco lhe deu a informação mais precisa possível e isso se contrapôs o impacto inicial. Ela está em muito boas mãos", disse um funcionário que estava na Residência Presidencial de Olivos, local onde moram os chefes de Estado da Argentina.
Durante a tarde do dia 27, Cristina ficou na Residência de Olivos, onde recebeu separadamente para informar a novidade o vice-presidente Amado Boudou, o secretário de Comunicação do governo Juan Manuel Abal Medina, o secretário Legal e Técnico da presidência Carlos Zannini e o secretário-geral da presidência Oscar Parrilli. O resto do gabinete, governadores e demais funcionários souberam da doença apenas junto com o resto do mundo, quando o porta-voz anunciou o câncer e a data da cirurgia.
