Pesquisa do instituto Ibarômetro indica que a morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner (2003-2007), na última quarta-feira, repercutiu de forma positiva na popularidade do governo.
Conforme o levantamento, que ouviu mil argentinos, 62% dos entrevistados crê que a viúva e presidente do país, Cristina Kirchner, pode levar adiante o projeto iniciado pelo marido e 44,5% são favoráveis à sua reeleição.
Analistas vinham afirmando ao longo do ano que o casal tinha um teto de popularidade que não ultrapassava os 40%, o que resultaria em inevitável derrota no pleito presidencial do ano que vem.
Cristina retomou ontem suas atividades normais. Durante a tarde, ela despachou no gabinete da Casa Rosada, sede do Executivo, onde concedeu audiência ao ministro de Economia, Amado Boudou, e ao secretário de Fazenda, Juan Pezoa.
A presidente recebeu declaração pública de apoio de um dos principais nomes do Partido Justicialista (PJ, peronista), Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires. "O caminho iniciado por Néstor Kirchner não pode ter volta atrás", disse Scioli durante reunião que convocada por ele com todos os prefeitos, deputados e vereadores justicialistas de Buenos Aires, maior colégio eleitoral da Argentina.
Scioli integra a ala oficial do PJ, mas antes da morte de Kirchner, ele deu sinais de namoro com a corrente duhaldista do partido, liderada pelo ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003) Foi Duhalde quem apadrinhou a candidatura presidencial de Kirchner e lhe passou a faixa presidencial.
Apenas um par de anos mais tarde, Duhalde se transformou em um dos adversários mais ferrenhos dos Kirchner.
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