A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi denunciada mais uma vez na Justiça sob suspeita de extorsão e fraude. Desde 2003, ela já foi denunciada 420 vezes, mas nunca chegou a ser processada.
Desta vez, apontam a possibilidade de ela estar envolvida em caso de corrupção do empresário Cristóbal López divulgado no último domingo (13) pelo jornal La Nación. López, um dos argentinos que mais enriqueceram durante o kirchnerismo, também é suspeito de haver fechado um negócio irregular com a Petrobras.
De acordo com o periódico, o governo de Cristina facilitou para que o grupo Indalo, de López, não pagasse 8 bilhões de pesos (cerca de R$ 2 bilhões) em impostos nos últimos quatro anos.
Esse dinheiro, que era cobrado de consumidores que compravam gasolina e deveria ser repassado ao governo,foi usado na expansão do grupo, ainda segundo a publicação argentina.
A companhia de López atua nas áreas de petróleo, construção, alimentos, finanças e mídia. O empresário ainda tem cassinos e hotéis, além de ser dono do segundo canal de notícias 24 horas mais importante do país, o C5N, alinhado ao kirchnerismo.
O grupo Indalo cresceu exponencialmente enquanto Néstor e Critina Kirchner comandaram o país, de 2003 a 2015. No início do mandato de Néstor, o grupo tinha nove empresas. Hoje, são mais de 50. Nesse período, López comprou uma refinaria da Petrobras na Argentina. Há suspeitas de que o negócio tenha sido feito de forma irregular e fechado por um valor inferior ao de mercado.
As companhias do empresário ainda alugam vários imóveis da família Kirchner.
A denúncia desta segunda-feira (14) foi apresentada pelo advogado Juan Ricardo Mussa, que já acusou a ex-mandatária e seu filho, Máximo, de serem os responsáveis pela morte de Néstor Kirchner.
O presidente argentino, Mauricio Macri, afirmou que fará de tudo para que os 8 bilhões de pesos sejam repassados ao governo. “Ele [López] não pode ficar com dinheiro público para investir.”
Cristina Kirchner não se pronunciou sobre o assunto. No fim de fevereiro, a ex-dirigente foi convocada pela Justiça a prestar esclarecimentos em um caso que investiga uma possível má gestão de recursos do Banco Central. Operações financeiras realizadas no ano passado podem ter provocado um prejuízo de cerca de 29 bilhões de pesos (R$ 7,2 bilhões) aos cofres públicos.
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