Dona de um estilo contundente, a escritora e jornalista argentina Sylvina Walger lançou "Cristina, de Parlamentar Combativa à Presidente Fashion", biografia não autorizada da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Uma das revelações do livro é o relato de que na madrugada de 17 julho de 2008, quando Cristina sofreu uma dura derrota no Senado com a derrubada do projeto de "tarifaço agrário", o marido dela, o ex-presidente Néstor Kirchner, disse à mulher que deveria renunciar. Cristina rejeitou e indicou que, se ele quisesse partir, podia fazê-lo. A resposta de Kirchner foi um certeiro soco na presidente, segundo a escritora.
De acordo com Sylvina, o soco abalou Cristina profundamente. "Ela está cansada, sofre desmaios frequentes. Além disso, tem ataques de angústia. Pelo visto, deseja se afastar do cargo. E, acima de tudo, afastar-se do marido. Esse seria o plano para 2011", diz a biógrafa.
No livro, Sylvina disseca a personalidade de Cristina, sua relação afetiva e política com o marido, além da obsessão da presidente em renovar o guarda-roupa com roupas caras. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a escritora descartou a tese de "presidência dupla", que surgiu quando Cristina assumiu o cargo, em 2007.
"Parecia que ela governaria com o marido. Mas a verdade é que não existe divisão de forças. Manda Néstor. Não existe presidência compartilhada. Cristina é uma espécie de continuação do marido, apesar dos esforços para ser ela mesma."
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast