Buenos Aires No penúltimo dia de campanha, a primeira-dama argentina Cristina Kirchner rompeu ontem um silêncio de meses com a imprensa argentina e deu entrevista à emissora de rádio "La Red.
Na entrevista, Cristina se defendeu das críticas a seu pouco contato com os meios de comunicação. "Às vezes há um comportamento corporativo. A liberdade de expressão não é só de jornalistas, mas de todos os cidadãos. Ser uma dirigente política que está o tempo todo falando com a mídia, não (o serei) afirmou.
Ontem, porém, a primeira-dama falou, inclusive sobre as duas principais preocupações dos eleitores: a inflação e a insegurança. Em relação ao primeiro tema, ela disse que é normal que haja uma "dinâmica dos preços quando o PIB cresceu quase 50% no governo Kirchner e voltou a respaldar os questionados índices oficiais. Afirmou, porém, que o governo prepara nova medição, baseada no modelo dos EUA, onde variações bruscas dos preços da energia e dos alimentos, que costumam ser mais voláteis, não são incluídos.
Sobre a insegurança, Cristina afirmou que o tema não pode ser dissociado do modelo econômico. "É um problema global. Precisamos de um modelo econômico e social de pleno emprego, de melhor distribuição de ingresso, de combate contra a pobreza.
Cristina defendeu a proximidade do governo Kirchner com o presidente venezuelano Hugo Chávez.