Reeleita com 54% dos votos em 23 de outubro, a presidente Cristina Kirchner toma posse hoje na Argentina. A cerimônia, que começará às 13h30 (horário de Brasília), terá a presença de vários chefes de Estado latino-americanos, como Ollanta Humala (Peru), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), José Mujica (Uruguai) e Dilma Rousseff (Brasil).
Os principais desafios de Cristina no segundo mandato estão ligados à economia. Com perspectiva de crescimento menor e o temor da inflação, a presidente não terá o respaldo da sensação de bem-estar econômico, um dos fatores responsáveis por sua alta popularidade.
"Cristina assume sem contar com o elemento do otimismo da população com a economia. O momento é um pouco mais nebuloso", diz o economista Nicolas Dujovne.
A Argentina deve fechar o ano com um crescimento de 7,5%, índice que dificilmente será alcançado em 2012, com a crise europeia e a provável desaceleração do Brasil. "A economia já vive momento de freada", afirma Dujovne.
Já o economista Marcelo Elizondo considera a inflação o principal problema num primeiro momento. Atualmente, o índice é de 25%, segundo consultorias privadas, e de 9%, segundo o governo.