Curitiba A Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná chamou ontem a imprensa de Curitiba para se posicionar sobre a ofensiva israelense ao Líbano. O presidente da entidade, Jamil Iskandar, afirma que o ataque a civis é inadmissível. Ele considera que Israel tem condições de evitar alvos civis e vem soltando mísseis aleatoriamente. "Estamos profundamente indignados pelos ataques a pessoas absolutamente inocentes."
Leis violadas
Genebra A comissária de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Louise Arbour, acusou tanto Israel quanto o Hezbollah de violarem as leis internacionais porque estão atacando civis ou colocando-os em risco no Líbano e no norte israelense. "Ao mesmo tempo em que Israel possui preocupações legítimas com sua segurança, as leis humanitárias internacionais exigem que as partes em conflito não ataquem diretamente alvos civis."
Apelo do Papa
Roma O Papa Bento XVI pediu ontem, na localidade alpina italiana de Les Combes, em Valle dAosta, que "todos parem com a violência" no Oriente Médio. "Rezemos e esperemos que o Senhor ajude, especialmente que todos parem a violência", disse o Pontífice aos jornalistas que o acompanham nestes dias de descanso em Valle dAosta, ao noroeste da Itália. O Vaticano tem se posicionado contra os ataques terroristas e também contra a ofensiva israelense.
Ação exagerada
Paris O presidente francês, Jacques Chirac, disse ontem que a ofensiva de Israel no Líbano era "completamente desproporcional", após a captura de dois soldados israelenses e o assassinato de outros oito pelo Hezbollah. "Pode-se perguntar se não há um tipo de desejo de destruir o Líbano", disse Chirac, em seu discurso tradicional no Dia da Queda da Bastilha. "Acho, honestamente, como a maioria dos europeus, que as reações (de Israel) são completamente desproporcionais", acrescentou.