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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, lembrou os iranianos de que questões como a da política nuclear do país são decididas, em última instância, pelo líder supremo do país, e não por ele.

As declarações, segundo analistas, teriam por fim rebater as críticas que Ahmadinejad vem recebendo e calar os boatos sobre um desentendimento dentro da liderança iraniana.

O presidente ressaltou esse dado da vida política da República Islâmica em um encontro de gabinete realizado na quarta-feira, depois de ter sido acusado de alimentar as tensões com o Ocidente em vista dos planos atômicos do país.

Ahmadinejad não é a figura mais poderosa do Irã, mas analistas e diplomatas dizem que ele ajudou a tornar a política iraniana mais dura e que, com suas declarações de cunho anti-Ocidental, alimentou o sentimento de desconforto da comunidade internacional, ainda que caiba ao líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, a última palavra.

Os adversários de Ahmadinejad, que antes se mantinham em silêncio, começaram a vir a público depois de aliados do presidente terem perdido espaço nas eleições municipais de dezembro e após terem se intensificado as pressões internacionais, que vão desde as sanções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) até o envio, pelos EUA, de mais soldados para a região do golfo Pérsico.

Segundo analistas iranianos, ainda não há sinais de que o país mudará radicalmente sua política nuclear, algo que poderia acalmar os ânimos das potências ocidentais.

Apesar disso, membros menos radicais da liderança iraniana ganharam espaço nos últimos tempos.

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