A Croácia firmou ontem um tratado de acesso que levará o país a integrar a União Europeia a partir de 2013, após a ratificação dos parlamentos das 27 países membros do bloco. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, elogiou o fato, dizendo que a Croácia se tornará um "observador ativo" da UE em todos os fóruns, até que se torne um membro em 18 meses.
Embora a Croácia tenha sido aceita ontem, o bloco europeu adiou sua decisão sobre se aceitará ou não a candidatura da Sérvia. Isso decepcionou o atual governo sérvio, pró-ocidental, que deseja aderir ao bloco.
A adesão da Croácia foi aceita pela UE após uma maratona de reuniões na madrugada de ontem, quando o bloco discutiu um novo tratado que estabelece uma supervisão mais rígida para os orçamentos dos países. A maioria dos países aderiu ao tratado.
"Hoje é um dia histórico para a Croácia e para a UE. A Croácia se tornará o 28.º Estado da união", disse Van Rompuy a líderes do bloco na cerimônia.
As negociações para a entrada da Croácia levaram sete anos e envolveram disputas territoriais com a vizinha Eslovênia, além de pedidos para que o país prendesse suspeitos por crimes de guerra.
"Hoje a Croácia está entrando na Europa, mais o mais importante é que a Europa está entrando na Croácia", disse o presidente croata, Ivo Josipovic, aos chefes de governo presentes. A Croácia será a segunda nação da ex-Iugoslávia a integrar o bloco, após a Eslovênia, que tornou-se membro em 2004.
Funcionários disseram que os líderes da UE podem adiar a declaração formal da Sérvia como um candidato ao bloco até o próximo encontro da cúpula, em março. Segundo um rascunho de resolução, a Sérvia precisa normalizar relações com sua ex-província de Kosovo, que declarou independência em 2008. "Os líderes da UE estão muito preocupados com a crise do euro para perder muito tempo discutindo o status da Sérvia", disse um funcionário que pediu anonimato.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que a UE irá "monitorar de perto" o progresso da Croácia no período. Ele também garantiu que outros países da região dos Bálcãs poderão ser no futuro membros do bloco europeu.
Com 4,2 milhões de habitantes, a situação econômica da Croácia não é boa. O desemprego no país está em 17% e o déficit do orçamento está em 6,2%, bem acima da meta europeia de 3%.
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