Estes são os principais acontecimentos desde a captura de Saddam Hussein, há três anos, até a condenação do ex-presidente iraquiano à morte na forca anunciada por um tribunal em Bagdá:
2003
- 13 dez.- Saddam Hussein é capturado em uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Tikrit, sua cidade natal.
- 1 jan.- O Pentágono reconhece o ex-ditador como "prisioneiro de guerra".
- 30 jun.- O Pentágono transfere sua custódia judicial ao Governo provisório iraquiano.
2005
- 19 out.- Começa o primeiro julgamento de Saddam e de sete de seus colaboradores. A audiência é adiada para 28 de novembro, após a alegação da defesa de não ter podido se reunir com os acusados.
- 21 out.- O advogado de defesa Saadun Ansar Nazif al-Yenabi é assassinado em Bagdá. Os profissionais pedem a realização do julgamento no exterior.
- 8 nov.- Segundo assassinato, em menos de um mês, de um advogado da defesa. A vítima, Adel Mohammed Abbas, defendia o meio-irmão de Saddam, Barzan al-Tikriti.
- 28 nov.- A defesa alega falta de segurança no reinício do julgamento.
- 7 dez.- Saddam se nega a comparecer à audiência, após classificar o julgamento de "farsa inventada pelos Estados Unidos".
- 21-22 dez.- O ex-ditador comparece para denunciar que foi torturado durante seu cativeiro.
2006
- 24 jan.- O juiz Rauf Rashid Abd al-Rahman substitui Rizgar Mohammed Amin, afastado do julgamento por ser muito condescendente com o ditador.
- 2 fev.- Nova audiência, com a ausência de todos os acusados, e nova equipe de defesa, designada pelo juiz após o boicote da equipe anterior.
- 12 fev.- Saddam inicia uma greve de fome que durou 11 dias.
- 27 fev.- A defesa denuncia na sede da ONU, em Genebra, a parcialidade com que o ex-presidente iraquiano é julgado.
- 28 fev.- A acusação apresenta documentos que provam o envolvimento dos acusados no massacre de Al-Dujail, em 1982.
- 1 mar.- Saddam admite sua responsabilidade nos fatos de Al-Dujail.
- 15 mar.- Saddam se autoproclama presidente do Iraque e chama os iraquianos à resistência.
- 19 abr.- Peritos de caligrafia confirmam a autenticidade da assinatura de Saddam em vários documentos relacionados às execuções em Al-Dujail.
- 15 mai.- O tribunal acusa formalmente o ex-ditador de crimes contra a humanidade, torturas e detenções em massa.
- 24 mai.- O ex-vice-primeiro-ministro iraquiano Tariq Aziz, sob custódia dos EUA desde 2003, defende Saddam e seus colaboradores das acusações apresentadas contra eles.
- 19 jun.- O promotor pede pena de morte para o presidente deposto e três de seus mais estreitos colaboradores, seu meio-irmão Barzan Hassan al-Tikriti, o ex-vice-presidente Taha Yassin Ramadan e o ex-chefe do tribunal revolucionário Awad Bandar, pelos fatos de Al-Dujail.
- 21 jun.- Khamis Al-Obaidi, um dos advogados de defesa, é assassinado em Bagdá - terceiro profissional morto durante o processo.
- 7 jul.- Nova greve de fome de Saddam para exigir a proteção da equipe de sua defesa.
- 23 jul.- Saddam é hospitalizado por problemas de saúde.
- 26 jul.- Saddam comparece "obrigado" na sala e pede que, se for condenado à morte, seja executado a tiros, em vez de na forca.
- 27 jul.- Boicotado pela defesa, o tribunal adia o julgamento do caso Al-Dujail até 16 de outubro.
- 11 set.- Saddam volta a dizer que é o "presidente legítimo" do Iraque.
- 16 out.- O promotor do caso Al-Dujail anuncia o adiamento por tempo indeterminado do veredicto de Saddam. Um irmão do promotor chefe do julgamento é assassinado.
- 18 out.- O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, diz esperar que o ditador deposto seja condenado à morte em breve.
- 5 nov.- Saddam Hussein e mais dois colaboradores (Awad Hamad al-Bandar e Barzan al-Tikriti) são condenados a morrer na forca.