O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou nesta sexta-feira que mais de cem civis morreram nos últimos dias em bombardeios e outros tipos de ataques do regime sírio conta a cidade de Aleppo, cujo controle é disputado por forças governamentais e opositoras.
"Mais de cem civis foram assassinados em mercados, em uma estação de ônibus e em outras zonas densamente povoadas", afirmou o chefe da delegação do CICV na Síria, Magne Barth.
A organização humanitária, que fornece ajuda as vítimas de conflitos em todo o mundo, disse que os hospitais de Aleppo estão lotados pela chegada de vários feridos e que não há equipamentos nem remédios suficientes.
O CICV pediu que os lados em conflito respeitem os princípios do direito internacional, estabeleçam a proibição de ter como alvo a população civil e parem de atacar zonas residenciais de forma indiscriminada, entre outras restrições de guerra.
"Pedimos a todos que se abstenham de utilizar explosivos com um amplo impacto em zonas urbanas residenciais", disse o organismo.
Barth afirmou ainda que apesar dos contínuos ataques que ocorrem desde domingo passado, o CICV e o Crescente Vermelho da Síria continuam seu trabalho em Aleppo, onde abastecem de água milhões de pessoas e levam material para milhares prisioneiros se protegerem do frio.
Com a ofensiva militar contra Aleppo, a principal cidade do norte da Síria e que era até a explosão da guerra seu centro comercial, o governo de Bashar al Assad tenta recuperar gradualmente o controle do cinturão central do país, que em sua maior parte está em mãos de grupos armados da oposição.
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