O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) forneceu a diplomatas dos Estados Unidos em 2005 provas do uso sistemático da tortura pelas forças de segurança indianas na Caxemira. O fato foi revelado por documentos diplomáticos dos Estados Unidos vazados, nesta sexta-feira (17) pelo site WikiLeaks.
Em uma conversa confidencial, o CICV afirmou a diplomatas que 177 visitas foram feitas a centros de detenção na Caxemira indiana, revelando "padrões estáveis" de abusos a prisioneiros. As "técnicas" incluem tratamentos com choque, torturas sexuais e com água e quase 300 casos de uso de um objeto de metal redondo, colocado nas coxas do prisioneiro e então pressionado pelos guardas para esmagar os músculos do torturado.
O CICV informou que foi "forçado a concluir que (o governo indiano) fecha os olhos para a tortura", segundo os documentos. Grupos de direitos humanos já denunciaram abusos na Caxemira indiana, uma região de maioria muçulmana. Separatistas lutam na área há mais de 20 anos.
O CICV se encontrou com quase 1.500 detentos e ressaltou que bem poucos deles eram militantes. A grande maioria era apontada como civis que teriam informações sobre a insurgência. O órgão notou que todos os braços das forças de segurança da Índia usavam técnicas de tortura, e sempre na presença de um oficial. A Índia e o Paquistão dividem a Caxemira, mas os dois países reivindicam a totalidade do território. As informações são da Dow Jones.
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