A Federação Internacional da Cruz Vermelha informou nesta quarta-feira (9) que enviou uma delegação para a Venezuela para abordar a intervenção da ditadura de Nicolás Maduro na representação local da entidade.
Segundo a Cruz Vermelha informou em comunicado, “altos funcionários” foram enviados para Caracas esta semana “para se juntar à sua delegação permanente no país para lidar com os acontecimentos em andamento” e “entender melhor o escopo dos riscos e a capacidade de continuar fornecendo serviços humanitários baseados em princípios, e o nível de envolvimento do governo, se houver, daqui para a frente”.
Na sexta-feira (4), o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), subserviente ao chavismo, ordenou uma intervenção na Cruz Vermelha no país e nomeou uma nova diretoria para sua reestruturação.
Dias antes, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, havia relatado a abertura de uma investigação sobre “suposto assédio e maus-tratos” cometidos contra voluntários e trabalhadores da Cruz Vermelha no país pelo presidente da entidade, Mario Villaroel.
No comunicado desta quarta-feira, a Federação Internacional da Cruz Vermelha disse que está “monitorando de perto a situação” e reiterou sua preocupação com intervenções de governos no trabalho da entidade.
“Qualquer intervenção governamental em nossas sociedades nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho levanta sérias preocupações com relação à sua independência e ao trabalho humanitário baseado em princípios das sociedades nacionais e será tratada com a maior importância”, destacou a federação.
A entidade acrescentou que tem “seus próprios mecanismos para lidar com situações em que uma sociedade nacional membro é considerada suspeita de violação de nossos princípios fundamentais e encorajamos os governos a facilitar os próprios mecanismos internos da Federação Internacional da Cruz Vermelha para lidar com tais situações”.
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