Um membro da Cruz Vermelha mede a temperatura de um imigrante.| Foto: EPA/ Elvira Urquijo A.
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A Cruz Vermelha Internacional expressou sua profunda preocupação à Agência EFE nesta quinta-feira (11) sobre a dissolução da Cruz Vermelha Nicaraguense, aprovada pelo governo da Nicarágua por meio de uma lei, e o impacto que essa decisão pode ter sobre as atividades humanitárias no país.

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"A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) está profundamente preocupada com a dissolução de nossa Sociedade Nacional membro, a Cruz Vermelha Nicaraguense", informou a organização.

Essa situação "pode colocar em risco as atividades humanitárias tão necessárias no país, bem como o trabalho dos funcionários e voluntários", de acordo com a entidade internacional.

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"No momento, estamos monitorando de perto a situação e avaliando a melhor maneira de proceder. Com base nos resultados dessa análise, informaremos sobre nossos próximos passos", acrescentou a Cruz Vermelha Internacional.

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, sancionou na quinta-feira (11) um projeto de lei para fechar e confiscar os bens da Cruz Vermelha Nicaraguense - uma organização humanitária que funciona desde 1931, depois que um terremoto abalou Manágua - por meio de um decreto presidencial publicado no diário oficial, "La Gaceta".

Na quarta-feira, a Assembleia Nacional (parlamento), controlada por governistas, revogou com urgência um decreto legislativo de 1958 que criou legalmente a Cruz Vermelha Nicaraguense.

Ortega também deu o aval para a criação de uma nova "Cruz Vermelha Nicaraguense", vinculada ao Ministério da Saúde. Todo o patrimônio, bens e ações atualmente pertencentes à Cruz Vermelha Nicaraguense, segundo a medida, se tornarão propriedades estatais.