A Cruz Vermelha Internacional afirmou nesta terça-feira (13) que Israel atirou projéteis e bombas com fósforo branco na sua ofensiva contra a Faixa de Gaza, mas não tem provas que mostrem que as munições foram usadas de maneira ilegal ou imprópria, ou seja, com a intenção deliberada de atingir civis. As declarações vieram após uma organização de defesa dos direitos humanos acusar o Estado de Israel de usar o agente incendiário, o fósforo branco, que pega fogo quando atinge a pele humana e queima enquanto tiver contato com oxigênio.
O fósforo branco pode provocar queimaduras terríveis. A organização que fez a acusação é a Human Rights Watch. Segundo a entidade, com sede nos Estados Unidos, pelo menos dez casos de vítimas queimadas por fósforo branco já foram registrados na Faixa de Gaza, desde que Israel lançou a ofensiva em 27 de dezembro do ano passado. O fósforo branco, no entanto, não é considerado uma arma química. A denúncia da Human Rights Watch foi feita no domingo. Segundo a entidade, Israel disparou projéteis de artilharia com fósforo branco contra áreas habitadas da Faixa de Gaza.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha instou Israel a adotar "extrema cautela" ao usar o agente incendiário, que de maneira comum serve para sinalizar alvos à noite ou criar nuvens de fumaça para encobrir ataques diários de infantaria, disse Peter Herby, chefe da unidade de armamentos da entidade. "Em alguns dos ataques que ocorreram em Gaza, é bem claro que o fósforo foi usado", disse Herby à Associated Press. "Mas também não é raro usar o fósforo para iluminar alvos ou criar nuvens de fumaça. Não temos provas de que o fósforo foi usado de outras maneiras.
Em resposta, os militares israelenses disseram nesta terça-feira que "desejam reafirmar que usamos armas de acordo com a lei internacional, observando estritamente que os armamentos sejam usados de acordo com o tipo de combate e suas características". Herby disse que usar o fósforo branco para iluminar alvos ou criar fumaça está de acordo com a lei internacional, e que não existem provas de que o Estado de Israel tenha usado o agente de uma maneira questionável.
De qualquer maneira, Herby disse que as provas são limitadas porque ainda existem muitas dificuldades para obter acesso à Faixa de Gaza, onde funcionários do serviço médico palestino dizem que mais de 900 pessoas foram mortas e mais de 4,2 mil feridas na ofensiva israelense.
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