Após tsunami, ajuda ainda não chega nas Ilhas Salomão
Algumas ilhas ainda estão fora de contato e dezenas de vilas não podem ser acessadas por meio de estradas.
Tsunami deixa Ilhas Salomão isoladas
Os habitantes temem retornar para suas casas. Muitos edifícios públicos e áreas comerciais foram destruídas, assim como residências.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) apresentou nesta quarta-feira (4) um primeiro pedido de fundos no valor de 1,1 milhão de francos (mais de R$ 1,5 milhão) para ajudar a filial da entidade nas Ilhas Salomão a prestar socorro aos desabrigados do recente tsunami no Pacífico sul.
Um terremoto de 8,2 graus na escala Richter registrado na segunda-feira, com fortes réplicas, gerou a onda gigante, que deixou 28 mortos, segundo números provisórios divulgadas pela ONU em Genebra. Há mais de 2 mil desabrigados.
Segundo a FICV, os fundos serão usados para garantir à população afetada acesso imediato a água potável, atendimento médico e abrigos de emergência.
"A situação ainda é muito difícil. Na terça-feira houve mais replicas e em alguns lugares da ilha de Gizo (oeste) há escassez de água e alimentos. Também estamos preocupados com as áreas mais afastadas, aonde só se pode chegar de barco", explicou Martín Blackgrove, Coordenador de Gestão de Desastres da organização.
A FICV enviou às áreas mais afastadas uma unidade de intervenção de urgência, integrada por cinco especialistas em socorro e gestão de desastres e um especialista em água e saneamento, para que ajude a Cruz Vermelha local a responder às necessidades imediatas e de curto prazo dos desabrigados.
Uma equipe de especialistas do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU chegará na quinta-feira às Ilhas Salomão, para estabelecer as necessidades mais urgentes, incluindo as dos milhares de deslocados pelo desastre natural, disse a porta-voz da entidade, Elizabeth Byrs.
Outras instituições, como a Organização Internacional das Migrações (OIM), o Escritório de Ajuda Humanitária da União Européia e a Organização Mundial da Saúde (OMS) também enviaram analistas ao país para avaliar a situação e o que cada um pode forncer.
Por enquanto, o Governo da Nova Zelândia, a Cruz Vermelha do país e o fundo de emergência da FICV forneceram dinheiro para financiar as operações mais urgentes em favor das vítimas do tsunami.