O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou nesta terça-feira (25) que suspendeu temporariamente suas atividades na cidade portuária de Áden, no sul do Iêmen, após a sua sede ter sido invadida na segunda-feira por homens armados não identificados.
Aden está em grande parte sem lei desde que se tornou uma linha de frente do conflito no Iêmen entre os apoiadores do governo do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, que está exilado na Arábia Saudita e tem o apoio do Ocidente, e o movimento houthi, do norte, aliado do Irã.
Embora as forças leais ao governo exilado de Hadi tenham retomado Áden dos houthis no mês passado, militantes da Al Qaeda ocuparam um distrito ocidental da cidade no sábado.
Os agressores mantiveram a equipe do CICV sob a mira de armas e roubaram carros, dinheiro e equipamentos, disse o porta-voz do CICV Dibeh Fakhr, em um comentário por e-mail. A agência transferiu 14 funcionários internacionais, disse Fakhr à Reuters em Genebra.
Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita vem tentando derrotar os houthis com uma campanha de ataques aéreos desde março. Pelo menos 4.300 pessoas morreram até agora e o Iêmen está mergulhado em uma crise humanitária, já que a infraestrutura do Estado entrou em colapso.
Uma das poucas agências de ajuda que ainda operam em Áden e no Iêmen como um todo, o CICV desempenhou um papel fundamental no fornecimento de suprimentos médicos e tratamento aos moradores afetados pelo conflito.
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