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Plano de choque da ditadura

Cuba adia aumento de 500% no preço do combustível após vírus afetar sistema de postos de gasolina

Na foto, um posto de gasolina em Havana, capital cubana, sem combustível (Foto: EFE/Yander Zamora)

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A ditadura de Cuba anunciou nesta quarta-feira (31) que adiou o aumento no preço dos combustíveis em mais de 500%, que entraria em vigor nesta quinta (1º), por causa de um vírus de computador.

Em uma inesperada mensagem na televisão do país, o Ministério da Economia (MEP) explicou que o vírus, que afetou a segurança cibernética dos postos de gasolina, provém supostamente do exterior. "As condições logísticas e a venda de combustível permanecem nos mesmos níveis de agora, portanto não haverá paralisação nos serviços que prestamos nos postos", disse Mildrey Granadillo, primeira vice-ministra do MEP.

Ela acrescentou que o governo informará sobre a nova data para a entrada em vigor do aumento de preços "quando as condições forem criadas", sem especificar o dia.

O aumento no custo da gasolina e do diesel - e a abertura de postos que aceitarão moedas estrangeiras para atender turistas - faz parte de um plano de ajuste para tentar estabilizar a economia do regime cubano após mais de três anos de crise.

Até antes do anúncio, Cuba estava prestes a quintuplicar os preços dos combustíveis. A gasolina comum passaria dos atuais 25 pesos (CUP) para 132 (de R$ 1,04 para R$ 5,45, na taxa de câmbio oficial para pessoas físicas).

Isso significa que um cubano terá de pagar 5.280 CUP (R$ 217,8) para encher um tanque de 40 litros, quando o salário médio estatal é de pouco mais de 4.200 CUP (R$ 173,2 na taxa de câmbio oficial).

O aumento é uma das primeiras medidas a serem implementadas como parte de um grande plano de ajuste anunciado pela ditadura de Miguel Díaz-Canel em dezembro, com o objetivo de reverter a situação da economia, que fechou 2023 com uma queda no PIB entre 1% e 2% e um déficit fiscal projetado para este ano de 18,5%.

Além do aumento nos preços dos combustíveis, o regime cubano planeja aumentar as tarifas de transporte entre as províncias em até 600%; limitar as pensões máximas; aumentar o preço de outros serviços, como eletricidade, água e o valor do botijão de gás liquefeito; além de substituir os subsídios universais a produtos por ajuda específica para pessoas vulneráveis. (Com Agência EFE)

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