Os líderes cubanos prometeram preservar a vitalidade do socialismo neste domingo, mas reduziram o tom da retórica contra os Estados Unidos no primeiro feriado nacional de Cuba desde o restabelecimento das relações diplomáticas com os EUA, em 20 de julho.
Neste domingo foi comemorado o 62º aniversário da primeira ofensiva, em 1953, dos guerrilheiros de Fidel Castro contra o Exército do ex-presidente Fulgencio Batista, apoiado pelos EUA, dando início a uma rebelião que resultaria na queda do mandatário cinco anos depois.
Feriado mais importante no calendário da revolução cubana, as comemorações deste domingo incluíram apresentações artísticas e discursos patrióticos.
Faltaram as tiradas ácidas e anti-imperialistas de Fidel Castro, hoje com 88 anos e aposentado do cargo de presidente, que costumavam marcar o 26 de julho, data do ataque à base de Moncada, em Santiago de Cuba, cidade no lado oriental do país, a cerca de 800 km de Havana.
O atual presidente cubano, Raúl Castro, tem em geral amenizado suas críticas desde que deu início a um processo de aproximação junto com o presidente dos EUA, Barack Obama, em dezembro passado.
O principal orador deste domingo, o vice-presidente José Ramon Machado Ventura, disse que o reestabelecimento dos laços diplomáticos com os EUA celebrado em julho foi o auge do processo iniciado em dezembro.