O ativista de oposição ao governo de Cuba José Daniel Ferrer denunciou nesta segunda-feira (27) as condições em que está preso desde 11 de julho, quando ocorreram grandes manifestações na ilha, afirmando que está isolado, com dores de cabeça.
A mulher de Ferrer postou no Twitter o áudio de um telefonema entre ela e o casal, em que o líder da União Patriótica de Cuba, entidade que foi colocada na ilegalidade, fala sobre as condições em que está detido na penitenciária Mar Verde, localizada na província de Santiago de Cuba.
O ativista indica que não tem acesso, sequer, "à imprensa oficial" e agradece ao Parlamento Europeu e a congressistas dos Estados Unidos que manifestaram sobre seu caso.
Além disso, Ferrer parabeniza os autores da canção "Patria y Vida", que se tornou um símbolo dos protestos em Cuba e que recebeu dois Grammys Latinos neste ano.
O ativista de posição foi preso em julho deste ano por participar dos protestos contra o governo da ilha, que representaram os maiores atos populares em Cuba em décadas.
Ferrer é uma das 1.320 pessoas que foram detidas no país devido as manifestações. Destas, 698 seguiam cumprindo, em 20 de dezembro, penas de prisão ou medidas cautelares de privação de liberdade. Ao todo, 14 têm menos de 18 anos de idade.
O governo de Cuba nega que se tratem de processos de caráter político, como afirmou recentemente o ditador do país, Miguel Díaz-Canel.