Agricultores cubanos poderão vender produtos diretamente para empresas que atendam turistas, relatou a mídia estatal nesta segunda-feira ao anunciar a mais recente reforma em um dos últimos países comunistas do mundo.
O jornal do Partido Comunista, Granma, informou que a mudança, que entra em vigor em 1.º de dezembro, visava melhorar a variedade e qualidade da comida para o setor turístico, cortando custos de transporte e assim reduzindo a perda de alimentos que prejudicou o país por causa da ineficiência em levar os produtos colhidos para o mercado.
As mudanças vão permitir o desenvolvimento de maneira a "aproveitar melhor as potencialidades... na escala local", disse o jornal.
O turismo é uma das mais importantes fontes de moeda estrangeira de Cuba, com 2,7 milhões de visitantes esperados na ilha caribenha este ano, mas a comida e o serviço fracos são frequentemente citados como razões para os turistas irem apenas uma vez e não retornarem.
As novas regras representam um rompimento com o passado ao reduzirem o papel do Estado como mediador na obtenção de produtos agrícolas pela indústria do turismo e permitir que compradores e vendedores definam seus próprios preços.
Recentemente, outra decisão permitiu que os cubanos agissem de forma mais livre na compra e venda de moradias e carros, itens que eram severamente controlados desde que Fidel Castro assumiu o poder na revolução de 1959.
O presidente Raúl Castro, que sucedeu o irmão mais velho em 2008, está tentando reviver a economia cubana para assegurar a sobrevivência do comunismo quando a geração atual de líderes não existir mais.
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