EUA
Obama cobra mudança política
O presidente Barack Obama declarou ontem que, enquanto for presidente, estará disposto a mudar a política em relação a Cuba desde que ocorram mudanças políticas e sociais significativas na ilha.
"Estaremos atentos ao que acontecer em Cuba. Se virmos um movimento positivo, reagiremos de forma positiva", disse Obama em entrevista na Casa Branca.
Obama suavizou durante seu governo várias medidas da bateria de sanções contra o regime comunista. Os cubanos podem mandar dinheiro sem limites, ir quantas vezes quiserem à ilha, e várias categorias de viajantes, como cientistas, estudantes ou esportistas têm maior flexibilidade para voar ao país.
Cuba autorizou, pela primeira vez desde a revolução de 1959, que seus cidadãos comprem e vendam carros, numa das mais aguardadas reformas econômicas sob o comando do presidente Raúl Castro. Um decreto publicado ontem diz que cubanos e residentes estrangeiros poderão agora fazer o que quiserem com seus veículos, "sem qualquer autorização prévia de qualquer entidade".
Mas a regra, que entra em vigor imediatamente, prevê que só os residentes estrangeiros e os cubanos com autorização do governo poderão importar automóveis; os demais precisarão se limitar aos carros já existentes na ilha.
A liberalização do comércio de veículos é uma das mais de 300 reformas aprovadas em abril durante o congresso do Partido Comunista (partido único). Cubanos que estejam emigrando, por exemplo, poderão vender seus carros ou dá-los a parentes, o que até agora era proibido.
Estrangeiros que vivam temporariamente no país poderão comprar apenas dois carros, importados ou não, durante sua permanência.
Anteriormente, apenas os automóveis que já estavam em Cuba antes da revolução de 1959 podiam ser livremente comprados e vendidos, razão pela qual há nas ruas tantos carros da década de 1950 ou anteriores, geralmente norte-americanos um verdadeiro cartão-postal do país.
Há também muitos veículos de fabricação soviética, vindos na época em que Moscou prestava amparo econômico ao regime comunista.
Mas eles estavam disponíveis apenas para pessoas autorizadas pelo governo, como certos funcionários públicos, atletas, artistas e médicos que regressassem de serviço no exterior.
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