Em uma reunião do Conselho de Ministros com o presidente cubano, Raúl Castro, na última sexta-feira, ficou definida a criação de 498 cooperativas não-agrícolas, para funcionar nos setores de comércio e gastronomia. Elas devem atuar em Havana, Artemisa e Matanzas. Em entrevista ao jornal “Granma”, publicada nesta segunda-feira, o vice-presidente Marino Murilo ressaltou a importância das cooperativas.
“Elas são fontes de emprego que estão aumento as ofertas, a qualidade das produções e dos serviços. Além disso, elas ocupam um segmento de mercado que não é competitivo para a empresa estatal”, disse.
As cooperativas não-agrícolas foram autorizadas no final de 2012 como um marco de um programa de abertura à iniciativa privada por Castro para dar fôlego para a economia cubana. Até então, só havia este tipo de gestão para a produção de alimentos. A nova medida acontece em um momento de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, quando a ilha espera um aumento no número de turistas americanos.
O presidente flexibilizou o trabalho independente do Estado, autorizou a compra e venda de carros e casas e entregou terras ociosas às pessoas, mas enfatizou que o modelo não deveria ter forte controle estatal.