O furacão Irma arrancou telhados de casas e inundou centenas de quilômetros do litoral ao atingir a costa norte de Cuba depois de devastar ilhas ao longo do Caribe. Não houve relatos imediatos de mortes no país -que se orgulha de sua preparação para desastres -, mas as autoridades estavam tentando restaurar a energia elétrica, limpar estradas e advertiam que as pessoas deveriam evitar sair às ruas de Havana porque as inundações poderiam continuar até segunda-feira (11).
Os moradores da “capital devem saber que as inundações vão durar mais de 36 horas, ou seja, vão persistir”, afirmou o coronel da Defesa Civil Luis Angel Macareno na noite de sábado.
Veja fotos de estragos em Cuba
Após o Irma deixar Cuba no fim da noite de sábado (9) e dirigir seus ventos de 195 quilômetros por hora na direção da Flórida, as autoridades da ilha estavam avaliando os danos e alertando sobre prejuízos às ilhas da costa norte, que têm resorts e outras acomodações, bem como a terras agrícolas no centro de Cuba.
Leia também: Furacão Irma faz as primeiras vítimas na Flórida e deixa milhares sem energia
Quando o Irma entrou na ilha, os soldados cubanos passaram por cidades costeiras para forçar os residentes a deixar suas casas, levando as pessoas a abrigos em edifícios do governo, escolas e até cavernas.
Imagens de vídeo do norte e leste de Cuba mostraram postes e letreiros derrubados, muitas árvores caídas e telhados danificados. Testemunhas disseram que um museu provincial perto do olho do furacão estava em ruínas. E as autoridades da cidade de Santa Clara disseram que 39 edifícios desabaram.
Mais de 5 mil turistas foram retirados das ilhas da costa centro-norte de Cuba, onde o governo construiu dezenas de resorts nos últimos anos.
O funcionário da Defesa Civil Gregorio Torres disse que as autoridades estavam tentando medir a extensão do dano no leste de Cuba, que abriga centenas de comunidades rurais e terras agrícolas.
Em Caibarien, uma pequena cidade costeira cerca de 320 quilômetros a leste de Havana, os ventos derrubaram linhas de energia elétrica e uma área de três quadras ficou debaixo de água. Muitos moradores ficaram em suas residências na expectativa de enfrentar a tempestade.
Caribe atingido
Antes de atingir Cuba, o Irma causou estragos no Caribe, onde devastou ilhas como St. Martin, St. Barts, St. Thomas, Barbuda e Anguilla. Até agora, 21 pessoas tiveram suas mortes confirmadas por causa da passagem do furacão.
Muitas das vítimas de Irma fugiram das ilhas em balsas e barcos por medo de que o furacão José destruísse ou arrasasse qualquer área que o Irma tivesse deixado Intacta, mas o fenômeno se afastou antes de causar mais danos.
No lado holandês de St. Martin, uma ilha dividida entre controle francês e holandês, cerca de 70% das casas foram destruídas pelo Irma, segundo o governo holandês. O primeiro-ministro William Marlin disse que cerca de 1.600 turistas foram evacuados e que esforços foram feitos para deslocar outros 1.200.
Marlin disse que muitos países e pessoas ofereceram ajuda a St. Maarten, mas as autoridades estavam aguardando as condições meteorológicas para ver como os esforços poderiam ser coordenados. As autoridades ainda estão tentando determinar a extensão do dano à ilha.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião