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Curitiba – O cônsul-geral de Cuba no Brasil, Carlos Trejo Sosa, esteve ontem em Curitiba para buscar oportunidades de intercâmbio com os paranaenses, principalmente na área de educação e cultura. Dentre os acordos já fechados com o governo brasileiro, Sosa destacou que o Piauí irá adotar a metodologia de alfabetização cubana. Caso dê certo, o programa deve ser levado para todo o país, comenta o cônsul.

Cuba enfrentou uma profunda crise econômica após a desintegração da ex-União Soviética em 1991 – principal parceiro de Havana na época. Hoje, as perspectivas são bem melhores, de acordo com Sosa. "A produção de níquel e cobalto cresceu significativamente, mas ainda precisamos estimular o setor de turismo e serviços."

Além do Brasil, Cuba fortalece seus laços também com a Venezuela. Havana e Caracas pretendem formar gratuitamente mais de 200 mil médicos que possam atender os latino-americanos carentes, diz Sosa. Estima-se que mais de 20 mil cubanos prestem atendimento médico a 18 milhões de venezuelanos.

A exportação de programas e serviços de saúde é um dos principais filões da economia cubana, aponta o cônsul. "Temos profissionais em mais de 60 países."

Sosa defende que a revolução em Cuba se mantém forte mesmo diante da pressão e embargo dos Estados Unidos. "O cubano ainda insiste em sua independência. Confiamos em nossos projetos sociais." O governo cubano deve construir mais de 100 mil habitações, sendo 50 mil delas ainda neste ano, comenta. "O país caminha também para a modernização de sua estrutura elétrica e do sistema de transporte coletivo."

Apesar da situação diplomática delicada, Cuba quer abertura com os EUA, diz o cônsul. "Muitos especialistas cubanos são impedidos de participar de congressos nos EUA por falta de visto, por exemplo. A dificuldade de acesso ao visto também estimula a imigração ilegal."

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